

Estudos da Maternidade: cursos ministrados
Minicurso: Necropolítica da Maternidade (2025)
O presente curso, realizado pelo @estudosdamaternidade em parceria com o Núcleo Materna, teve como objetivo debater, em aula expositiva seguida de debate, a transição dos "estudos da maternidade" de uma orientação eurocentrada para uma percepção latinoamericana e racializada, a transição das análises baseadas na biopolítica para a necropolítica ou ainda a transição dos conceitos de direito reprodutivo para justiça reprodutiva e como essas mudanças estão sendo disputadas teoricamente nos últimos anos.
Bibliografia:
FONTEL, Luana. A mãe que não é abraçada pela vila vai incendiá-la para sentir seu calor. Núcleo Materna, 7 ago. 2024.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: RIOS, Flavia; LIMA, Márcia (org.). Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. São Paulo: Zahar, 2020. p. 29-44. < >
LUGONES, Maria. Colonialidade de gênero. Tradução de Tathiane Ribeiro. In:
HOLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 103-132.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Tradução de Renata Santini. São Paulo: N-I Edições, 2018.
Sobre a ministrante:
Luana Fontel é mestre e doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou período sanduíche no doutorado em Estudos Feministas através do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal.
No mestrado, pesquisou as relações entre maternidade, discurso e institucionalidades defendendo a dissertação de título "Mães na Universidade: Performances discursivas interseccionais na graduação".
Atualmente desenvolve pesquisa etnográfica na Região de Integração Caeté, no Estado do Pará, com especial interesse em estudos relacionados ao movimento de mulheres remanescentes indígenas, maternidade e povos racializados da Amazônia Atlântica.
É membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Raça, Gênero e Sexualidade (ORÍ/CEFET-RJ), do Coletivo de Estudos em Letramentos Contemporâneos (CELEC/UFRRJ) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Curso Maternidade e Colonialidade (2024)
Proposta:
O presente curso é o terceiro de uma série organizada pelo projeto de extensão Mães na Universidade: acesso, permanência e progressão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro desta vez em parceria com o Coletivo de Estudos em Letramentos Contemporâneos – CELEC (UFRJ/UFRRJ). É uma das ações fomentadas com apoio da pró-reitoria de extensão, que busca um espaço de estudos destinado a pessoas que tem utilizado a maternidade como um tema de interesse em seus trabalhos acadêmicos. Desta vez debateremos proposições predominantemente – mas não exclusivamente – cunhadas por mulheres pretas e indígenas, que engendram rupturas a uma ciência das hegemonias para pensarmos a dimensão política de nossas escritas na universidade. Frente a intelectuais que nos trazem de volta a nossos territórios e nos fazem pensar sobre experiências situadas e corporificadas de maternidade, desejamos debater ainda sobre o conceito de colonialidade, a fim de questionar a linearidade temporal, essencialismos e biologicismos para quem sabe reorientar nossas apostas metodológicas.
Ministrantes:
Luana Fontel:
Licenciada em Letras pela UFPA, é mestre e doutoranda em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PIPGLA) e bolsista sanduíche (CAPES/PDSE) no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. No mestrado, pesquisou as relações entre maternidade, discurso e institucionalidades defendendo a dissertação de título "Mães na Universidade: Performances discursivas interseccionais na graduação". É membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Raça, Gênero e Sexualidade (ORÍ/CEFET-RJ), do Coletivo de Estudos em Letramentos Contemporâneos (CELEC/UFRRJ) e uma das coordenadoras do grupo de estudos do Núcleo Virtual de Pesquisa em Gênero e Maternidade (Núcleo MATERNA). Atualmente desenvolve pesquisa etnográfica na Região de Integração Caeté, no Estado do Pará, com especial interesse em estudos relacionados ao movimento de mulheres remanescentes indígenas, maternidade, letramentos, contra-colonialidade e saberes insubmissos de povos racializados da Amazônia Atlântica.
Mithaly Corrêa:
Licenciada em Geografia pela UFRJ, mestranda em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd/UERJ), bolsista do Programa de Excelência Acadêmica (PROEX/CAPES) e Integrante do Grupo de Pesquisa Juventude, Educação, Gênero e Sexualidade na Cibercultura (JEGESC/UERJ). É fundadora e coordenadora do Núcleo Virtual de Pesquisa em Gênero e Maternidade - Núcleo Materna, bem como de seu Grupo de Estudos (GENM) e co-fundadora e vice-coordenadora do Projeto de Extensão "Mães na Universidade: acesso, permanência e progressão de mulheres-mães" da UFRJ. Integra ainda o GT Parentalidade e Equidade de Gênero - UFRJ. Atualmente, pesquisa Movimentos de Mães Universitárias em/nas redes e ciberfeminismo como estratégia de resistência, com foco em desigualdades educacionais no ensino superior.
Sessões do curso:
Encontro 1: Teoria, prática, práxis (23.04.24)
Encontro 2: Escrita como autoafirmação (07.05.24)
Encontro 3: Mães na Universidade (21.05.24)
Encontro 4: Colonialidade e Gênero (04.06.24)
Encontro 5: Matriarcado preto (18.06.24)
Encontro 6: Feminismos comunitários, andinos e indígenas (02.07.24)
Encontro 7: Maternidade como dispositivo/Necropolítica da maternidade (16.07.24) Encontro 8: Maternidade e Interseccionalidade (30.07.24)
Encontro 9: Ciberfeminismo, Redes e Estratégias de Resistência (13.08.24)
Encontro 10: Encerramento (20.08.24)
Curso Escrevendo sobre Maternidade: desafios teórico-metodológicos (2022)
Sobre o curso:
O presente curso tem como principal objetivo auxiliar pessoas que desejem produzir conhecimento sobre o conceito de maternidade/maternagem e suas implicações para a ciência feminista contemporânea. Busca ainda, construir debates sobre estratégias de permanência e progressão institucional de pessoas que exercem a maternagem, público que vem sendo recorrentemente interpretado como falho quando uma performance de estudante fundada pela modernidade-colonialidade é instituída como modelo pelas instituições de ensino superior. Quando a pessoa que materna também é estudante e encontra barreiras de seguir com os estudos e concluir etapas de formação, gênero, raça e classe comparecem como eixos norteadores de interdição, construindo caminhos tortuosos e sistemas de permanência inabitáveis.
Diante dessa problemática, o presente curso aposta em encontros onde possamos não apenas identificar processos de opressão, mas construir estratégias de sobrevivência na academia. Pensando nisso, dividimos o curso em dois momentos. Nos 5 primeiros encontros debateremos estratégias específicas de progressão universitária tais como elaboração de projetos de pesquisa, esboço de trabalhos de conclusão de curso, pesquisa bibliográfica, processos seletivos e conhecimento de direitos institucionais. Nos 5 encontros seguintes, debateremos os suportes teórico-metodológicos do conceito de maternidade enquanto objeto de inquietação científica através de autoras e autores que trabalham especificamente sobre a temática especialmente nas ciências sociais e humanas.
Curso Introdução aos Estudos Críticos da Maternidade
Informações sobre o curso:
Ministrante: Luana Fontel – Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada PIPGLA/UFRJ
Período do curso: de 18 de maio de 2021 até 20 de julho de 2021
Dia e horário: às terças-feiras das 14h às 17h
Serão ofertadas 30 vagas. Mais informações no formulário de inscrição ou através do e-mail: maesnauniversidadeapp@gmail.com
Objetivo: O curso tem como principal objetivo a introdução aos estudos críticos referentes ao conceito de maternidade através de uma epistemologia feminista engajada com as perspectivas interseccionais.
A bibliografia que o embasa parte das reflexões que nasceram com a pesquisa de mestrado “Mães na Universidade” e se estende à reflexão sobre as demais institucionalidades onde as subjetividades e trajetórias maternas são, em recorrentes cenas cotidianas, alvo de violências.
O público-alvo são todas as pessoas interessadas em refletir sobre a maternidade e suas variadas e complexas manifestações, tanto na escrita acadêmica quanto nas infinitas outras formas de produção de reflexividade crítica e conhecimento externas à academia.